Amo calado

Tudo nesse momento é indiferente...
Complicado esse eu inconstante...
Será que eu estou trancada aqui dentro?
Talvez essa não seja a pergunta certa.
Tantos caminhos de onde você não vem.
Tanta coisa acumulando na minha vida e eu sentindo falta de um vão pra que eu possa enfim respirar e sentir a brisa.
Já são 3 e tantas horas da madrugada, as mãos tremem e o cigarro se deixa abandonar no cinzeiro, quem me dera saber ler seu coração, quem me dera poder ouvir de você que sente a mesma sensação, a mesma emoção.
As cortinas balançam, um ar um tanto agressivo a essa hora, um ar de dor, intoxicada de tanto desejo por você.
Eu procuro por você em todas as melodias, em todas as pautas e cifras, procuro você nos trechos de Cazuza.
É um amor calado de como quem ouve uma sinfonia.
Rola um blues, um cigarro e uma filosofia de calçada, eu chorando pitangas sobre meus problemas e alguém me diz "não se importa se tiver que viver um segredo, você precisa se saciar disso, o que não pode é passar vontade de um beijo e de um abraço."
Respiro fundo, abaixo a cabeça e ouço novamente "tente, você não tem nada a perder".
Eu tomo força, volto na dela, eu nunca sei que hora dizer...
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
Tem certas coisas que não podem acontecer ao olhos de outro, não depende de mim, mas de você.
Eu já toquei no meu violão quantas vezes eu te quero, e confesso que sonho com você todas as noites e deixo com que meu irreal misture ao meu desejo, só pra me satisfazer durante um instante.
E quando eu acordo não se tem nada de você por aqui, nem mesmo em mim.
Mas só teu sorriso que corrói dentro de mim.
Mas eu espero todos os dias uma brexa ou um te quero mesmo assim.
Enquanto isso real não acontece, eu faço a fantasia acontecer no meu pensamento.
Você só pra mim.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS
Read Comments

0 comentários:

Postar um comentário